A ansiedade aparece em nossa vida cotidiana e é um aspecto que, de certa forma, faz parte de nossa existência. Não é algo meramente prejudicial pois através dela nos antecipamos à alguns perigos em nossa vida relacional.
Mas há um momento em que a ansiedade ultrapassa o ponto “ideal” e passa sim a nos prejudicar, nos impedir de caminhar, de assumirmos compromissos. Neste momento é comum a sensação de medo frente ao mundo aparentemente hostil. O indivíduo passa a viver um futuro que nunca chega:
“Se eu pegar o carro e sair hoje vou pegar muito trânsito, me aborrecer, e voltarei para casa chateado. Mas se eu sair um pouco antes… se eu sair um pouco antes não vai adiantar.”
Este tipo de ansiedade que ultrapassa o comum, causa uma espécie de paralisia e demonstra que há algo errado, não necessariamente este algo é a ansiedade, por vezes ela é só um sintoma, demonstrando que alguns caminhos escolhidos não condizem com a pessoa que os escolheu. Portanto há um sofrimento e é importante encarar de frente a questão da ansiedade em demasia, não negá-la. Necessita assim revisitar os sentidos, estradas e caminhos de escolha, para reconstruir um sentido para que a vida deixe de apresentar tanta hostilidade.
No momento em que enfrentar a pessoa perceberá que os caminhos que vai encontrar lhe trarão conforto e crença, de forma que o valor de seguir seja melhor do que o estar parado.