Porque será que você leitor, não consegue resolver seus problemas? Imagino que muitos de vocês já desistiram de resolver algumas questões, porque definitivamente não conseguem encontrar soluções assertivas e adequadas para seus problemas, e o que poderia ser elaborado e superado, torna-se uma condição, pois, aparentemente não existe um caminho alternativo.

Pois bem, gostaria de começar esta reflexão com duas notícias, uma boa e uma ruim. A boa, é que a maior parte dos seus problemas possuem sim uma solução, e aqueles que de fato não apresentam uma saída, ainda possuem formas de amenizar as dores que uma condição, ou situação impõe. A ruim, é que este processo não é simples ou fácil, porém é possível.

Veja, a maioria das pessoas que buscam por um acompanhamento psicoterapêutico, chegam ao consultório com a “Queixa X”, e, em cerca de 95% dos casos, a “Queixa X”  nunca é a raiz do problema. Como por exemplo, alguns pais procuram acompanhamento psicoterapêutico para os filhos, com a queixa de dificuldades de aprendizagem e baixo rendimento escolar, e no decorrer do processo que ocorre em conjunto com os pais, descobre-se que os pais estão se divorciando, e não sabem como contar para os filhos. A verdade é que conscientemente ou inconscientemente as crianças sabem/vivenciam os problemas dos pais, pois dividem o mesmo campo emocional que eles, o que influência no seu ciclo de aprendizagem.

Logo, a dificuldade de aprendizagem e o baixo rendimento escolar é o sintoma e não a raiz do problema, que seria o divórcio dos pais. Em muitos casos, as crianças tem alta, e o processo psicoterapêutico ocorre com os pais, porque a melhor maneira de ajudar estas crianças é ajudando a família a resolverem suas questões.

Com este exemplo, mostro para você leitor, porque a maioria das pessoas não consegue resolver seus problemas, e a razão é: por que elas não sabem qual é o problema a ser resolvido. As pessoas geralmente apontam o sintoma, a consequência, mas não a raiz do problema, que podemos chamar de “Dor original”.

 E por desconhecerem o problema, e tentarem minimizar apenas o sintoma, o problema persiste de tal maneira, que ao resolver um sintoma, surge outro, e depois outro, e assim por diante, perpetuando a “Dor original”.

Se você deseja resolver os seus problemas, precisa olhar a situação de todos os ângulos possíveis, iluminando não apenas o sintoma, mas o todo, para que ao eliminar ou elaborar a “Dor original”,você possa de fato encontrar uma solução assertiva e duradoura.

Ressalto a má notícia de que este não é um processo rápido ou fácil, requer dedicação, tempo, esforço, ajuda de um profissional, enfrentamento da dor que é mexer em feridas antigas e esquecidas (pelo menos no campo consciente), porém, ao final desta jornada de investigação e cura, você pode definitivamente encontrar uma solução.

Ratifico também, que existem algumas questões que não podem ser solucionadas ou esquecidas, porém, o processo de ressignificação cabe em qualquer uma destas situações, de forma que a aceitação de uma situação ou condição, também pode ser considerada como a resolução de uma questão.

 

Desejo a você leitor, boa sorte nesta jornada.

 

Psicóloga Aline Costa
Psicóloga Clínica, Palestrante, Mestre em Psicologia da Saúde, Pesquisadora Capes e Coach.
CRP: 06/126231